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Guia de boas práticas: o que é Manejo Integrado de Pragas "MIP"?


Terça-feira, 23 de julho de 2013 - 08h55

O Manejo Integrado de Pragas, comumente chamado de MIP, é uma técnica agronômica que visa manter as pragas sempre abaixo do nível em que causam danos para as lavouras. Oficialmente, a técnica é definida assim pela FAO: "Sistema de manejo de pragas que no contexto associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utiliza todas as técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico".


E esse controle pode ser feito por meio de insetos, o chamado controle biológico, uso de feromônios, retirada e queima da parte vegetal afetada, adubação equilibrada, poda e raleio.


O MIP é uma alterativa proposta pela comunidade científica para diminuir o uso de produtos agroquímicos, que tornam os insetos (lagartas, principalmente) mais resistentes e podem causar a contaminação dos alimentos e do lençol freático quando aplicados indiscriminadamente.


Monitoramento


O monitoramento é o primeiro passo para se praticar o MIP. Sem monitorar a densidade populacional da espécie-alvo no campo não há como se aplicar a técnica. Assim, recomenda-se iniciar o monitoramento mesmo antes de se iniciar o plantio.


A frequência e o método de amostragem dependem da fase de desenvolvimento da cultura e do nível de precisão que se pretende conduzir o manejo. Quanto maior a frequência e tamanho da amostra melhor, entretanto, deve-se considerar também os custos dessas amostragens.


Monitoramento de pragas de solo


Deve-se examinar amostras de solo de 30 cm x 30 cm por 15 cm de profundidade utilizando-se uma peneira e procurando por insetos. Para a larva-arame, medidas de controle devem ser adotadas se dois ou mais insetos forem detectadas por amostra. A média de uma larva pôr amostra é suficiente para causar dano significativo. Neste caso, o tratamento do solo com inseticidas é necessário.


Para a simples detecção da presença de insetos no campo, pode-se proceder da seguinte maneira: tomar cerca de 200g de sementes sem tratamento e enterrar em locais, com identificação, dentro da área a ser cultivada e cobrir com um pedaço de plástico transparente; alguns dias depois, desenterrar o material e procurar por insetos.


No caso de cupins subterrâneos, examinar pedaços de colmo ou sabugos de milho da cultura anterior ou pode-se enterrar pedaços desses materiais ou mesmo rolo de papel higiênico (sem cor e perfume) em pontos estratégicos e após alguns dias examinar o material visando detectar a presença de insetos.


Monitoramento de pragas iniciais e do período vegetativo


Sendo realizado o tratamento de sementes, esse levantamento pode ser iniciado a partir da terceira semana após a semeadura do milho. A detecção de cigarrinhas pode ser feito através de exame direto ou utilizando-se rede entomológica. Para se estimar densidades com maior precisão pode-se usar o método do saco plástico. Neste caso, se em áreas e/ou condições de risco de incidência de enfezamentos e viroses, recomenda-se fazer o controle quando detectado a presença dos insetos.


No caso da incidência da lagarta-do-cartucho, lagarta-elasmo, broca-da-cana ou lagarta-rosca, deve-se estimar a incidência contando-se o número de plantas atacadas em 10 m de fileira e adotar medidas de controle em função do nível de dano. Para o controle da lagarta-do-cartucho, existem recomendações de amostragens sequenciais.


Monitoramento de pragas de solo - deve-se examinar amostras de solo de 30 cm x 30 cm por 15 cm de profundidade utilizando-se uma peneira e procurando por insetos. Para a larva-arame, medidas de controle devem ser adotadas se dois ou mais insetos forem detectadas por amostra. A média de uma larva pôr amostra é suficiente para causar dano significativo. Neste caso, o tratamento do solo com inseticidas é necessário.


Algumas estratégias de manejo indicadas são: tratamento de sementes, seletividade de inseticidas, aplicação de inseticidas via água de irrigação e o controle biológico.


Fonte: Globo Rural. Por Viviane Taguchi. 22 de julho de 2013.



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